Por Tiago Ferreira da Silva
Nascida no ano de 1380 a.C., Nefertiti, cujo nome significa ‘a mais bela chegou’, foi uma rainha egípcia da XVIII dinastia que se tornou notável por ser a esposa do faraó Amenhotep IV, conhecido como Akhenaton, responsável por substituir o culto politeísta pela reverência a um deus único, o rei-sol Aton.
Com Akhenaton, Nefertiti teve seis filhas entre os nove anos de reinado do marido. São elas: Meritaton, Meketaton, Ankhesenpaaton, Neferneferuaton, Neferneferuré e Setepenré. Porém, ao longo do reinado egípcio de Akhenaton, três de suas filhas sucumbiram com o alastramento de uma peste da malária, que era conhecida como “doença mágica” por seu poder de devastação. Mais uma das filhas do casal, Meketaton, morreria cedo em decorrência de um afogamento acidental.
Apesar de ser um símbolo de beleza fascinante mesmo na atualidade, pouco se sabe sobre a vida de Nefertiti. Ela teve uma irmã que se chamava Mutnedjemet e foi criada pela ama Tiy, que era casada com um funcionário da nobre corte, até conhecer e casar-se muito jovem com o faraó Akhenaton.
A rainha teve grande importância na disseminação do culto monoteísta junto ao seu marido, pois era uma das únicas que podia reverenciar e interceder diretamente com o rei-sol Athon. No reinado de Akhenaton, o faraó e a rainha eram responsáveis pela realização dos cultos e eram figuras representativas dessa divindade, fortalecendo os laços com a população.
Por sua grande popularidade, alguns historiadores defendem a tese de que Nefertiti tenha sido alvo de assassinato de alguns sacerdotes que defendiam o politeísmo. Outros especialistas, ainda, acreditam que ela tenha se tornado co-regente de Akhenaton, acumulando mais poder. Essa última tese é levantada graças a uma imagem em bloco de pedra onde a rainha aparece golpeando um inimigo com uma maça, remetendo à ideia de força.
Entretanto, sabe-se que após o término do reinado de seu marido, Nefertiti sumiu misteriosamente, pois poucas escrituras e imagens retratam esse período de sua vida. Alguns arqueólogos estimam que ela tenha morrido no ano de 1345 a.C.
Pintura feita no Photoshop